Hoje eu quero escrever uma crónica ou uma espécie de crónica, vamos lá, um texto sobre qualquer coisa, ocorre-me esta ideia porque neste preciso momento apetece-me simplesmente escrever, mesmo ainda sem ter um tema, mas escrever por vezes é uma forma de fugir ou um aproximar de algo que dá gozo/ interesse, fazer. Há momentos em que nada apetece fazer, momentos mortos em que é preciso levantar a cabeça e dar cor à vida. Escrever ajuda a preencher essa lacuna, ocupa a mente e os dedos, pode-se escrever sobre tantas coisas, sobre qualquer coisa, basta deixar fluir a imaginação e colocar os dedos ao seu serviço. Parece tão simples..... mas não é.
Não somos simples coisas mortas que se aplanam sobre um chão seco e assim ficam a definhar até desaparecer. Não, não somos coisas mortas, temos uma vida, e temos uma missão, se temos saúde, temos a melhor dádiva do mundo, todos os dias são dias para agradecer esse tesouro que nos foi oferecido, não há maior que esse, a saúde é a base para tudo o resto, e o resto é tudo, é uma vida inteira que nos é proporcionada para sermos felizes e fazermos os outros felizes. É a única oportunidade que cada ser tem para contribuir de uma forma digna para a evolução da vida humana e de um planeta sustentável. De que vale teres uma vida aparentemente linda se não a colocas ao serviço dos outros se não aprecias o que de mais sagrado existe na frente dos teus olhos, a natureza. É preciso parar, escutar e sentir o grande poder da natureza, os seus sons, cheiros e apelos. Quando te consegues fundir nela, na natureza, e sentires que são apenas um nem que seja por breves momentos, descobres uma sensação tão maravilhosa que nem sabes descrever e percebes que a Vida é um Dom muito mais precioso a que nem sempre sabemos dar o devido valor. A isso eu chamo vida em uníssono. Custa-nos compreender como pode a maldade e crueldade dos homens que nasceram em tudo igual aos outros homens num mundo que deveria ser igual para todos, desperdiçar e maltratar tão deliberadamente com atitudes e ações os seus irmãos e os seus ambientes!!
Por vezes me perguntam qual é a minha cor preferida! isso leva-me a meditar um pouco sobre as cores, porque gosto de todas as cores cada qual no seu contexto; um mar de um azul profundo, tão profundo que enternece a alma; uma campo de trigo em crescimento tão verde que eleva a esperança desvanecida; as florinhas roxas das ervas selvagens que crescem desalinhadas em qualquer beira da estrada... e os vermelhos, laranjas e amarelos que se misturam num belíssimo raiar ou pôr do sol, que nos deslumbram em cada começo ou final do dia e nos lembram de dar graças por nos permitir usufruir do dom da Vida!
As cores dão sentido à vida, mas o amarelo é a cor da Luz, do sol, da lua e da mantinha que fizeste para aquecer o teu bebé quando ainda só o sentias mas não o conhecias, por isso, escolheste o amarelo por ser uma cor tão suave como suave seria o teu bebé!