Um livro que se lê de uma assentada, uma escrita fácil e deliciosa. Uma história que se desenrola durante o reinado de D. Afonso III e D. Catarina de Áustria. Um amor ardente entre um nobre e uma escrava preta que durou toda uma vida; uma teia de mexericos e ambição de ascenção na corte entre as damas da rainha D. Catarina....
O terramoto que destruiu Lisboa no século XVI, no ano 1531 é aqui retratado e relembrado, uma vez que o terramoto de 1755, passados cerca de 200 anos abafou este remetendo-o ao esquecimento. Posso dizer que não me lembro de alguma vez ter ouvido falar deste e, se por acaso alguma vez ouvi, terei sempre associado ao de 1755.
Rápidamente passam os anos, chegamos mais uma vez a esta data tão apreciada pelas crianças. O dia do "Pão por Deus" celebrado todos os anos a 1 de Novembro , feriado e dia santo, denominado o dia de Todos os os Santos, é também o dia em que as pessoas rumam ao cemitério a limpar e a compôr as últimas moradas dos seus entes queridos.
Mas, falava eu do dia de "Pão por Deus", este dia em que as crianças saem à rua, normalmente em grupo, por vezes acompanhados por alguém adulto, com os seus saquinhos coloridos e chegam-se à porta das pessoas e pedem o dito "Pão por Deus".
Confesso que faço sempre por estar em casa nesta manhã, pois me dá um prazer enorme participar desta festa das crianças, depressa me vem à mente uma época longínqua (mas não tanto, porque o tempo passa depressa demais) em que eu também fazia isso, e era algo que apreciava muito, não só pelo convívio com os outros mas também porque naquela época as oportunidades de comer goluseimas eram muito raras.
Esta é uma tradiçao que remonta a épocas muito antigas, li em algum sítio que terá começado após o terramoto de 1755, dia em a terra tremeu e que atingiu particularmente o litoral português e o Algarve, destruindo a cidade de Lisboa. A fome e a miséria eram muito fortes e as crianças com necessidades extremas começaram a ir pedir à porta das pessoas o Pão por Deus para mitigarem a fome que as atingia.
A tradição mantém- se até aos nossos dias, mas, felizmente agora com um sentido diferente. Actualmente é um dia de festa para as crianças.
Deixo aqui a imagem do que tenho preparado para dar as todas as crianças que à minha porta vierem ter, e todas serão bem vindas!