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Abrigo das letras

Abrigo das letras

Desafio de escrita do Triptofano #4#Manobras axadrezadas

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Tinha sido apanhada na sua própria teia por um lance diabólico daquele bispo que se fazia passar por sendo um homem de Deus. Tinham-na encurralado numa torre com as duas aias que lhe tinham sido permitido acompanhá-la. No frio e na escuridão daquela torre levava horas a imaginar uma jogada que derrubasse os cavaleiros do Rei.

Eles eram inteligentes e guiavam os seus cavalos com perícia, saltavam por cima de tudo e todos. Confinada  áquela torre e tendo as duas aias sempre alerta, não tinha como sair dali, entretanto os homens de Deus assim como os cavaleiros do rei iam derrubando o povo, os seus aliados com a sua rainha confinada tinham pouca força , embora se esforçassem ao máximo para a libertar, sempre que o faziam perdiam alguém importante, o cerco era cada vez maior.

Ela era rainha, tinha poder e astúcia, tinha que sair dali de qualquer jeito, se o pensou melhor o fez, numa jogada muito arriscada, sacrificando uma aia, saiu. 

Mais feroz que nunca, reuniu o povo e os poucos cavaleiros que lhe restava, em segredo delinearam uma estratégia, antevendo as possíveis manobras dos seus adversários agiram com inteligência, eram poucos mas eram bons. Iniciaram um ataque não descurando a defesa. Um após outro os adversários foram caindo e o cerco foi se apertando em redor do rei, até aqueles bispos, falsos homens de Deus caíram na armadilha arquitectada pela astuta rainha, e não havia mais escapatória para o rei. Aconteceu aquilo que estava escrito que aconteceria.

Xeque mate, o reinado caiu!

Texto escrito no âmbito de o Desafio de Escrita do Triptofano

Participam também:

Ana de Deus , Ana do Green IdeasBruno no Fumo do Cigarro
Marta de O Meu CantoTriptofanoMaria Araújo do cantinho da casa

 

 

A ler Ken Follett

Aí está, novamente a ler Ken Follett. Depois de percorrer alguns corredores da biblioteca da minha vila, depois de ler tantos títulos, tantos autores de tantas e boas obras, eis que Ken Follett me vem novamente parar às mãos, sem dúvida um dos meus escritores preferidos. Já perdi a conta ao numero de obras que li deste autor, desde "os pilares da terra" em dois volumes, que foram os os primeiros, "Mundo sem fim" ou a trilogia "o século" (três volumes) entre outros, e mais recentemente "o amanhecer de uma nova era"... é sempre uma leitura que me transporta para as épocas e locais que tão bem retratadas  são na escrita.

Estamos nos anos de 1558 a 1620! À época Maria Stuart rainha da Escócia, Maria Tudor rainha da Inglaterra, Catarina de Medici rainha de França!

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A ler

 

Na gaiola e fora dela

Depois daquele dia acidentado em que o pássaro caiu da varanda abaixo com gaiola e tudo, partiu uma asa e passados poucos dias morreu, não tinha entrado mais nenhum para lhe ocupar o lugar. Ele era de um amarelo muito bonito e tinha um canto lindo.

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Agora, outro subiu ao trono, comprou-se uma gaiola nova, porque a outra ficou muito danificada e foi direitinha para o lixo mais o desgraçado, coitado. O novo rei da cozinha que afinal é uma rainha e não é canária, não tem bom canto mas faz para ali barulho com fartura, abana muito as asas e morde quando lhe dou comida e limpo os aposentos.Tem um bico tipo papagaio e já me mordeu uma orelha numa das vezes que a deixei esvoaçar à vontadinha pela cozinha. No momento parecia que tinha feito da minha orelha a sua refeição, aquilo doeu!

A rainha do quintal

Mãe, eu queria plantar uma árvore, diz a menina de cinco anos à sua mãe enquanto as duas observam aquela árvore que está  no quintal cheia de flores de cor amarela. Perante isto a mãe diz-lhe: estás a ver esta árvore, está cheia de rebentos junto ao pé, vamos separar com cuidado um rebento com raíz e plantá-lo noutro local. Com a ajuda de uma ferramenta de jardinagem separaram o rebento. Agora vais escolher um local que gostes aqui no quintal para plantar a tua árvore, diz a mãe. Assim, a menina escolheu um local e plantou a "acácia", a sua árvore.

Como tu precisas de comer e beber todos os dias para cresceres, a tua árvore também precisa, assim, até que ela se agarre na terra, tens que a regar de dois em dois dias, depois podem ser mais espaçadas as regas.

A menina cresceu, a acácia também, a menina tornou-se uma linda mulher e a acácia uma bela e frondosa árvore. A menina cuidou sempre a sua árvore com um especial carinho, viu-a crescer, acompanhou o seu crescimento, contou-lhe histórias de outras árvores, contou-lhe segredos seus, sentou-se na sua sombra, dormiu algumas sestas numa rede suportada nos seus ramos. A "minha árvore" como ela lhe chama é a rainha do quintal da casa dos seus pais!

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