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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Erva das Pampas

Maria, 11.10.21

Os caminhos são pedregosos, olhas o chão e procuras onde colocar os pés, sob eles soltam-se pedras quando as pisas, ao teu lado esquerdo e direito erguem-se grandes ervas meio secas que te arranham a pele, o pó fininho da terra levanta-se e vai pousando na tua face tornando a tua pele áspera mas tu já te habituaste a isso e nem te importas.

Continuas caminhando, traçaste um percurso e vais quase fiel a ele, por vezes fazes algum desvio, o sol está muito quente e tentas procurar as sombras, bebes água de vez em quando na tentativa de tornar mais leve aquelas subidas de que não gostas nada, (odeias as subidas) o teu esforço triplica.

Quando chegas ao planalto, respiras fundo e ergues o teu olhar para longe, o que vês deixa-te sem fôlego, as elevações, os vales, as mansões dispersas umas das outras, a cidade e o mar tudo se conjuga numa harmoniosa paisagem que te faz saber que te encontras num lugar soberbo.

Acompanha-te neste percurso, o canto dos pássaros, o saltitar dos gafanhotos e o esvoaçar das borboletas, sentes falta do som da água correndo nas ribeiras, passas por elas, e com pena verificas que estão todas secas, nalgumas ainda corre um fiozinho de água e crescem agriões.  Encontras um grande tanque cheio de água até cima, refrescas as mãos e sabe-te pela vida. De longe vem o som abafado dos carros que competem num autódromo que se situa perto.

Ainda tens muito pó de terra para apanhar, muitas pedras para pisar e muito mato para te arranhar, ainda assim continuas, vês passar por ti algo desconcertante, alguma coisa vai ao contrário, o ciclista sobe o trilho com a bicicleta às costas, os outros vão pedalando.

Encontras os cactos, eles estão carregados de figos, não sabes que neles existem picos muito fininhos e mexes só para perceber a consistência, vais de arrepender da tua imprudência. Os picos enterram-se na pele das tuas mãos e vão te picar até ao fim da tua caminhada pelos trilhos. Aprendeste alguma coisa hoje. Numa pesquisa feita ficas a saber das inúmeras propriedades desses figos e que só podes colhê-los à noite que é quando os picos amolecem.

Agora o cenário que se depara na tua frente é algo com que tu já te familiarizaste neste outono pelos caminhos que percorres, as plumas erguem-se esbeltas, fofas e de tons suaves, são muitas, crescem e multiplicam-se a cada ano que passa, onde o ano passado não havia nada, este ano já ali estão exibindo para quem gosta de olhar a sua elegante beleza.

Não obstante a sua beleza elas são uma praga infestante, estão por todo o lado invadindo até os caminhos por onde tu passas. Elas são as "ervas das pampas"

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Encontrei isto a passear na calçada

Maria, 27.05.16

Encontrei isto nas pedras da calçada, pareceu-me uma "carocha" mas fiquei intrigada, por isso a fotografei e fui pesquisar que tipo de inseto é este. Cheguei à "brilhante" conclusão que é este o bicharoco que anda a matar as palmeiras em Portugal.

 

Este "fofinho nojento" entrou em Portugal há sete anos, começei a notar os estragos dele na minha zona há cerca de três ou mais anos, as palmeiras começaram a morrer, o mal começa a aparecer pelas folhas de cima que lentamente vão perdendo a vitalidade e descaindo, o que se alastra a todas as folhas fazendo lembrar aqueles chapés de sol nas terras quentes de África.

 

Não sabia o que é que se estava a passar com as palmeiras até que alguém me disse que era uma praga de escaravelhos que tinha aparecido e que era responsável por isto. Cada vez via mais palmeiras a morrer em todos os quintais, nunca me tinha interessado em pesquisar sobre o tal escaravelho, até que vi isto a passear nas pedras da calçada e fiquei intrigada.

 

Pensava eu que os escaravelhos eram só aqueles bichinhos mais pequenos que apareciam na rama das batatas enquanto elas estavam na terra, segundo a pesquisa que fiz, afinal há muitas raças de escaravelho e esta faz estragos bem avultados a matar árvores de grande porte, até árvores centenárias!

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 Para o escaravelho, as palmeiras são alimento para quatro ou cinco meses, o tempo que o insecto demora a desenvolver-se. Cada fêmea põe 200 a 300 ovos. Uma palmeira pode albergar até 1000 indivíduos prontos a voar – e podem voar durante cinco a dez quilómetros sem parar, contra o vento.

Os Desafios da Abelha

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