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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Pedra e parafuso

Maria, 15.06.17

Dir-me-ão vocês - para que serve isto? Eu explico:

Os olhos de um menino, vivos e espertos como só pode ser os olhos de uma criança de três anos, deparam com um parafuso caído exatamente no sítio por onde passam as rodas de um carro. De imediato a criança acha graça ao parafuso e vê ali utilidade para alguma coisa que já magica na sua tenra cabecinha, apanha do chão o dito achado e feliz, corre a procurar uma pedra para servir de martelo.

Agora ele está debruçado no chão com pedra e parafuso na mão, o bico do parafuso encostado na terra e a pedra a bater nele.

- Que estás a fazer? alguém lhe pergunta,

- Estou a fazer um buraco, responde,

- E para que é o buraco?

- Para rolar o berlinde

- Há, bom

Impressionante como as crianças encontram logo utilidade para as coisas que encontram, uma simples pedra e um simples parafuso entreteram esta criança o resto da tarde. Um parafuso que se não fosse visto pelos olhos da criança, certamente no dia a seguir ia originar um furo no pneu do carro e despesas acrescidas. Grata!

Por vezes gastamos rios de dinheiro a comprar presentes para os mais pequenos, quando na realidade o que eles apreciam mesmo são coisas simples que se encontram em qualquer parte da casa ou do quintal! 

 

pedra e parafuso.jpg

 

Aquele dia de Abril

Maria, 12.04.16

Percorro a rua central daquele espaço cercado por um muro alto pintado de branco, dentro desse espaço existem muitos espaços pequenos de fora retangular cobertos por uma pedra de mármore branca, e em alguns casos de pedra preta de granito. Em qualquer dos casos estes espaços têm à cabeceira outra pedra com formatos diferentes. Páro num espaço que tem à cabeceira uma pedra recortada em forma de coração. Olho demoradamente a foto já amarelada pelo o tempo que está embutida no coração. Fecho os olhos e revejo uma vida.

 

A pequena brisa que sopra nos meus cabelos, são as mãos que carinhosamente os afagaram,

 

o sol que me aquece o corpo nesta manhã fria de Abril, é o corpo que me aqueceu nas noites frias de Inverno,

 

o sopro do vento que uma rajada deitou, é a voz que cautelosamente me sacudiu para a vida e,

 

os pingos de chuva que começam a cair são as lágrimas que correram pela minha face naquele dia de Abril.

arvores.jpg

 

 

 

Os Desafios da Abelha

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