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Abrigo das letras

Abrigo das letras

A herança de Ana Bolena, minha última leitura

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 Enquanto lia este livro, muitas foram as vezes que me imaginei a viver há cinco séculos atrás e a fazer parte da corte de Henrique VIII de Inglaterra (para isso teria que fazer parte de uma família nobre), a viver numa corte e num país governado por um rei louco e um mosntro. Um rei que colocou seis rainhas no trono, que quando se queria desfazer delas, era montado um esquema tão ardiloso e cruel contra as rainhas que levaram duas a pousar a cabeça no cepo. A sua primeira rainha Catarina de Aragão, de quem o rei se divorciou por não lhe dar um filho varão, foi aprisionada na torre até morrer, a segunda, Ana Bolena foi condenada por adultério e incesto e pousou a cabeça no cepo e foi decapitada, a sua terceira rainha Jane Seymour morreu ao dar à luz o principe Eduardo que viria a suceder o seu pai no trono, a quarta rainha Ana de Cléves foi a única que escapou por um triz ao cepo, o rei divorciou-se dela por ter desengraçado com o seu corpo, a quinta rainha, Catarina Howard foi decapitada como a sua prima Ana Bolema, tinha apenas quinze anos, foi acusada de adultério, a sua sexta e última rainha Catarina Parr, sobreviveu ao rei, não antes de também ser acusada de alguma coisa, mas que o rei perdoou.

Por estranho que pareça as esposas do rei tinham quase todas o mesmo nome (Catarinas e Anas)

 

Qualquer pessoa podia ser acusada de traição ao rei só por pensar aquilo que os outros acharam que pensou, isso era razão suficiente para ser decapitada, queimada na fogueira ou ainda pior como ser aberta de alto a baixo ainda viva, lhes ser retirado os orgãos vitais e os intestinos e depois ser cortada às postas.

 

Viver na corte de Henrique VIII, foi um tormento, um pesadelo para todos os que a frequentavam, por isso, por alguns momentos durante a leitura deste livro, vesti a pele de algumas personagens e vivi atormentada e repleta de medo no meio de todas aquelas intrigas e traições.

 

 É um livro repleto de intrigas, traições e mistérios que deixa o leitor agarrado da primeira à última página, indignado com tanta crueldade!

 

Hoje não temos um rei num país que aterroriza o seu povo e a sua família mais chegada como o rei Henrique VIII de Inglaterra no século XVI, mas temos em pleno século XXI, organizações tão poderosas que aterrorizam todos os povos do mundo!