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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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O verão, as férias, a piscina e o mar

Maria, 17.08.16

Lá em baixo está a piscina e o relvado, está um pai deitado na relva que vai levantando e baixando uma perna, as suas crianças divertem-se a saltar por cima da perna, elas correm e saltam uma e outra e outra vez, depois desatam a correr a volta da piscina com uma energia que não se esgota. Como é bom  ver e sentir as crianças felizes.

 

Noutro ponto da relva está um grupo de adolescentes a jogar às cartas, estes também se divertem exercitando o cérebro, puseram de parte por, talvez umas horas as tecnologias.

 

Grandes e pequenos refrescam-se na piscina, mergulham, nadam, brincam.... o calor é muito e é verão!

 

As espreguiçadeiras estão para os que querem descansar e aproveitar as sombras, lendo livros e revistas ou apenas conversando uns com os outros.

O colorido e a graciosidade que o cenário apresenta é agradável aos olhos de quem se encontra uns metros mais acima e, de onde pode desfrutar de uma paisagem lindíssima com o mar como pano de fundo. Bem lá ao longe no meio do azul vislumbra-se um veleiro de pequeno porte, certamente um barco de recreio, também estes, os ocupantes do veleiro estarão no pleno gozo das suas férias...

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Já avisto a minha chaminé

Maria, 09.06.16

Quando vamos para fora do nosso país ou mesmo da nossa cidade por uns tempos, por umas férias, ou outro motivo qualquer, é comum quando estamos a chegar dizer "já avisto a minha chaminé".

O verão está a chegar e com ele, as férias já estão a dar o seu ar de graça. Muitos irão para fora do país, muitos irão para as zonas onde existe praias, outros preferirão zonas mais sossegadas como o Alentejo e o turismo rural, o contato com a natureza e os animais. Muitas e diversificadas serão as preferências das pessoas.

Por muito que se aprecie estar fora do nosso ambiente de todos os dias, por muito que se goste de correr mundo, a nossa chaminé é sempre a nossa chaminé, e quando regressamos temos uma sensação tão boa, tão nossa que parece que tivemos fora séculos!

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 Delicia de amêndoa

Eram bandos de pardais à solta

Maria, 26.03.16

As férias da Páscoa representavam,levantar cedo e espantar pardais. Vinham aos bandos, pousavam na sementeira e, se ninguém os espantasse comiam até lhes aptetecer, e vinham outros e outros até não haver mais sementes para comer.

Eram bandos de pardais à solta, mas não eram os "pardais" que Carlos do Carmo muito bem canta, eram de facto pardais, mesmo pardais à solta em grandes bandos.

 

De manhã cedo Margarida era acordada pelo seu pai, tinha uma tarefa para aquele dia. Após o pequeno almoço feito de café com leite e pão com manteiga, Margarida agasalhava-se o melhor que podia e saía de casa tendo como destino a fazenda onde o seu pai há poucos dias tinha feito sementeira. A manhã era muito fria, à medida que ia caminhando ia encontrando grandes espaços de ervas verdes cobertos de um manto branco, uma geada branca e fria que se dissolvia com o aquecer do sol, ia também encontrando pequenas poças de água congelada, divertia-se a pisá-las e a sentir o gelo estalar debaixo dos seus pés, como se fosse vidro a partir, calçava botins de borracha e assim podia passar por cima das poças. O caminhar não deixava que os pés arrefecessem. O sol já despontava para lá daquela linha entre a terra e o espaço, era de uma cor alaranjada, linda de se ver, formava uma pintura deslumbrante digna de artistas de famosos.

 

Chegada à fazenda, construia um espécie de uma tenda com sacas grandes de serapilheira e alguns paus ou então com um grande chapéu de chuva, no chão estendia outra saca de serapilheira. A manhã era muito fria. Tinha uma lata velha e um pau, espantava os pardais batendo na lata que produzia um barulho muito forte que os assustava, por vezes eles já se acostumavam ao barulho e não iam embora, continuavam a comer as sementes tranquilamente. Os pardais vinham em grandes bandos alimentar-se das sementes que o pai de Margarida deitara à terra. Quando as sementes começavam a germinar era altura própria para eles comerem tudo se não se estivesse atento. O periodo que decorria entre o começo de germinar até estar toda a sementeira germinada era critico, por isso, dentro deste periodo era preciso estar atento à passarada.

Margarida passava horas sozinha na fazenda espantando pardais, nestas horas apreciava o silêncio, apreciava a natureza, tentava destinguir alguma variedade diferente de pássaros e sonhava, sonhava tanto que por vezes se esquecia dos pardais que com tranquilidade comiam as sementes que o seu pai semeara, sonhava com a vida nas cidades, sonhava estudar numa grande escola e tirar um curso para poder fazer outra coisa que não fosse espantar pardais. Não sabia ainda que a vida no campo é muito mais saudável que a vida nas cidades e que o previlégio que tinha nessa altura de poder andar livremente por onde lhe apetecia, hoje é impensável, existe sempre o medo de raptos e coisas do género.  Assim, esperava ansiosamente pela hora do almoço e de seguida pelo o pôr do sol, a hora de deixar a fazenda, para no dia a seguir ir para lá outra vez. Eram assim dias seguidos nas férias da Páscoa.

 

 

Amanhã é dia de Páscoa, Margarida não vai para a fazenda, o seu pai irá para lá de manhã, depois irão todos á missa e a seguir irão almoçar galo da capoeira corado no forno com batatas fritas e arroz, a sua mãe preparará também uma canja com os miúdos do galo à qual adicionará uma folha de hortelã.

 

Foi assim nos anos sesseta/setenta, Margarida recorda-se bem dessa época.

 

Amanhã é dia de Páscoa! 

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Os Desafios da Abelha

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