O castigo
A terra do quintal era de cor castanha e estava muito solta, tinha sido mexida, preparada para plantar alfaces. O rapazinho fora brincar para o quintal sob o aviso da mãe - não podes ir brincar na terra, porque ficas todo sujo.
A vontade de mexer na terra foi mais forte que ele e os seus pezinhos pequeninos levaram-no precisamente para lá. Quando a mãe voltou a olhar para ele, nem queria acreditar, o seu menino mais parecia um daqueles grandes chocolates da páscoa, mas em vez da forma de coelhinho, tinha a forma de um rapazinho - ó meu Deus - exclama ela.
Depois da repreensão merecida, seguia-se o castigo que o menino já sabia que não se ia livrar. Ele já estava habituado que a seguir à desobediência vinha um castigo.
Não havia outra forma de limpar o menino, só o banho o salvava daquela cor de chocolate e daquele pó entranhado na pele, nos cabelos, nos olhos e na boca, ele já comia terra.
Como a água felizmente lava tudo, menos as "más linguas", lá foi a criança para o banho a meio do dia, de seguida, não foi preciso dizer mais nada, o sítio do castigo estava ali à espera dele!