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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Maçã e canela

Maria, 08.05.16

Hoje a minha casa cheira a maçã e canela. Ontem, mesmo com aquela chuva, fui ao supermercado e comprei uma vela que liberta aroma de maçã e canela.

O tempo lá fora era húmido, frio  e triste, dentro da minha casa havia calor e cheirava a maçã e canela, estava confortável e havia calor fisico e humano!

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 Hoje voltei a acender a vela e cheira a maçã e canela!

As memórias de uma casa

Maria, 06.05.16

Por várias vezes tenho reparado naquela casa que tem na varanda um letreiro que diz "Vende-se". Soube há algum tempo que o seu proprietário morreu, ele vivia ali com uma senhora, pessoas "entradotas" na idade, para não dizer idosas, porque já o eram, pessoas que eu conhecia e que via várias vezes a passear de carro e também a almoçar num restaurante que eu regularmente frequentava.

 

O senhor morreu, quanto à senhora, nunca mais a vi. O jardim da casa estava sempre bem cuidado, as flores que o embelezavam estavam sempre coloridas, a piscina estava sempre azul. Agora, o jardim tem um aspeto pouco cuidado, a piscina está vazia, os estores estão sempre para baixo, a vida que existia naquela casa e naquele jardim desapareceu.

 

Hoje, quando passei por aquela rua, olhei para a casa, o letreiro já não estava lá. Certamente que já foi vendida.

A casa voltará a ter vida, a piscina voltará a ter gente a mergulhar nela, as flores voltarão a desabrochar bonitas e coloridas.

 

Os novos proprietários irão dar uma renovação à casa, com tinta nova irão apagar memórias que aquelas paredes testemunharam, irão apagar momentos de amantes que dentro daquelas paredes segredaram palavras que só eles ouviam. Com a substituição dos móveis irão apagar o conforto que se viveu afundado num sofá macio, irão apagar as noites passadas no aconchego de uma sala aquecida por uma lareira, irão apagar a azáfama que se viveu nas vésperas de natal na preparação da consoada. Com outras vidas, irão apagar as vidas que já se apagaram nas paredes daquela casa. Com a renovação da casa, irão apagar todas as memórias vividas, irão criar novas memórias....

 

Mas as memórias dos mortos não se resumem apenas às memórias que as paredes presenciam. Essas memórias podem-se apagar com o rolo e a tinta ou o papel de parede e a substituição dos móveis. As memórias dos mortos ficam na memória dos vivos que os amaram, aí sim, eles permanecem sempre vivos, independentemente das paredes que os protegeram!

Dia da terra

Maria, 22.04.16

A terra é o teu mundo, a tua casa, por isso, mesmo só por isso, respeita-a e respeita aquilo que dela brota. É a terra que te dá tudo, mesmo tudo incluindo tudo aquilo que compras nas grandes lojas e supermercados, tudo aquilo que não fazes a mínima idéia de onde vem.

Tudo vem da terra e tudo para ela volta!

 

Como hoje é o dia da terra nunca é demais refletir sobre lsto 

Quando o telefone fixo toca

Maria, 23.03.16

Antes só existia o telefone fixo, era preciso chegar a casa para poder contatar com as pessoas que precisavamos de falar. Era preciso chegar a casa para que os outros nos contatassem, muitas vezes a interromper a nossa preparação do jantar ou do banho das crianças. Ouvia-se aquele toque estridente trrrriiim, lá corriamos para o telefone antes que se desligasse e ficavamos para saber quem tinha ligado. Hoje não é nada assim, tudo mudou e muito.

 

Agora, quando o telefone fixo toca, quase sempre são aquelas pessoas que nos querem impingir qualquer coisa, um seguro, um cartão de crédito ou uma coisa qualquer de saúde.

 

Começam assim: boa tarde ou bom dia,conforme a hora, estou a falar com a senhora tal.... fala de... quase nunca se percebe o nome que elas ou eles dizem de onde falam, o que nos obriga a a pedir que repitam. É quando eles ou elas repetem o nome do sitio de onde falam que eu lhe digo logo - desculpe, já sei que me está tentar vender qualquer coisa, não estou interessada - mas ainda não ouviu o que tenho para lhe "oferecer" é uma excelente oportunidade - e eu, desculpe, eu a apelar a toda a minha paciência para não ser mal educada, desculpe mas eu não estou interessada em cartões, não quero cartões, e ele ou ela a insistir, e eu a terminar, - desculpe, estou muito ocupada e vou desligar. Desligo.

 

Com todo o respeito que tenho por eles ou elas, sei que estão a fazer o seu trabalho o melhor que sabem, e que esse é o seu trabalho, para isso recebem o salário ao fim do mês, mas que chegam a ser irritantes é uma verdade.

 

E quando dizem que vamos receber em casa qualquer coisa que não temos que pagar nada, eu aviso de imediato, não mandem nada porque eu não quero nada, percebeu.

 

Quando o telefone fixo toca, lá vou atender, às vezes não são eles ou elas, também são as manas ou as amigas!

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Os Desafios da Abelha

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