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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

Julie e Júlia

Maria, 27.05.23

Parece incrível, há dez meses que nada escrevo.... foi preciso ver o filme " Julie e Júlia" para me lembrar que também tenho algures numa plataforma social um blogue à espera de assistência. como todos sabem um blogue não prospera sozinho. Ele é como uma planta, precisa que cuidem dele, que lhe dêem mimo e carinho, só assim pode crescer e se desenvolver, de outra forma definha como um moribundo. Assim tem sido a situação do meu blogue, deixado ao acaso, abandonado sem dó, caído em desgraça..... Ainda assim moribundo como está, há sempre alguém que não o deixa morrer, que o vai alimentando, que continua a ser acarinhado pelos leitores, em menor numero é verdade, mas continua a ser lido.

Que tenho andado a fazer neste tempo todo, não tenho perdão para este abandono. Obrigada "Julie e Júlia" por me despertares e me lembrares que tenho algo à minha espera para ser alimentado e para me motivar!!

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Desafio "Arte e Inspiração" Sobreiro#6

Maria, 20.10.21

Um dia no monte alentejano.

A vida transpirava em cada um dos seus poros, habituada ao movimento desenfreado da cidade, todos os dias era uma correria, o trabalho, a casa, as compras, os filhos já crescidos mas que dependiam dela, a vida social, gostava de ir ao cinema, ao teatro, dançar, praticar exercício físico e ainda gostava de escrever. Queria tudo e no entanto sentia que lhe faltava tudo.

Um dia, assim sem mais nem menos, diz à família que precisa de parar para poder descansar e reflectir, que eles já são todos crescidos que se desenrascam bem sozinhos e, portanto precisa de ter um tempo exclusivamente para si. Informa que vai passar uma semana sozinha no Alentejo.

A ideia ganhou forma e num site de aluguer de casas procurou uma que se situasse longe de tudo, ansiosa, preparou o que achou necessário para levar, pouca coisa, queria se desprender, se desligar do atordoamento da rotina acelerada da cidade. Não abdicou porém dos seus cadernos e lápis, também gostava de fazer uns desenhos.

Já instalada numa casinha pequena e antiga, que fazia parte de uma pequena aldeia restaurada a fazer lembrar a casinha da sua avó materna, havia uma fonte por perto, um riacho, um grande sobreiral e também aquele sol quente.

Na primeira manhã, assim que se levantou foi com uma surpresa agradável que encontrou um saco de pano alegre e colorido com pão ainda quente pendurado na fechadura da porta, feliz com aquele gesto que viria a repetir-se todas as manhãs, tomou o pequeno almoço saboreando  aquele pão alentejano e sentiu-se transportada para outras eras, onde as pessoas viviam cada dia sem pressas.

Saiu com uma pequena esteira debaixo de braço, numa sacola levou uma sandes de queijo de cabra e um pouco de alface,  uma garrafa com água da fonte, o caderno e os lápis, caminhou até encontrar o refúgio perfeito. Debaixo daquele velho e frondoso sobreiro descascado até meio, estendeu a esteira e contemplou aquela bela árvore que sentiu ter estado ali todo o tempo à sua espera, o silêncio era total, às vezes ouvia o canto dos pássaros ou o marafulhar das folhas das árvores por cima da sua cabeça.

Sentou-se, pegou numa folha de papel branca, desenhou e pintou a paisagem tal como os seus olhos a viam, nela sobressaía o sobreiro, toda a sua copa assim como a nudez que deixava a descoberto a parte interior do tronco de tons castanhos e quentes, próprios da estação outonal, ao fundo, o monte onde se situava a casinha que a alojava durante este retiro que lhe daria forças para enfrentar a vida quando regressasse à cidade.

Satisfeita com o seu trabalho, fechou os olhos e desligou-se, era como se mais nada existisse, nem sequer o seu corpo, apenas sentia a sua alma, deixou-se ficar assim inebriada e adormeceu.

Acordou quando começou a sentir um ligeiro arrefecimento na pele, era a humidade do prenúncio da noite, levantou-se sentindo-se leve como uma pluma, olhou novamente o sobreiro, abraçou-o como quem abraça alguém a quem se quer muito e, sentindo a alma e a vida da árvore segredou-lhe, vais ser o meu melhor amigo  enquanto aqui estiver!

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No âmbito do desafio "arte e inspiração" participo eu e:

Fatima Bento, Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno ErvedosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroGorduchitaImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãJorge OrvélioLuísa De SousaMaria AraújoMarquesaMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas ,bii yue

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A minha marmelada

Maria, 18.10.21

Sendo a marmelada um dos meus doces preferidos, nunca deixo de a fazer nesta época do ano. No quintal estão os marmeleiros que me dão a matéria prima. Quando estão bem amarelos, colho-os e com casca ou sem casca faço uma deliciosa marmelada bem apuradinha para durar bastante tempo, disponho-a em taças de vidro que cubro com papel vegetal depois de o passar por aguardente.

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Ainda a coloco ao sol algumas vezes para a tornar mais dura. Fica tão boa quando a corto em deliciosas fatias e saboreio sobre finas fatias de queijo, pão ou simplesmente sem nada! Tenho marmelada para o ano inteiro!

O Sapo deu sol ao meu blogue

Maria, 29.03.18

Porque digo isto? É tão simples!

Fico sempre muito contente quando mereço um destaque do "sapo blogues! O sol da minha publicação iluminou o meu blogue e incentivou a minha vontade de continuar a publicar o que me vem ao espirito, alguns episódios vividos, algumas opiniões relativas a situações do dia a dia, enfim, de tudo um pouco! Obrigada Equipa Sapo, tornaste o meu dia melhor!

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Escrever, uma exigência a mim própria

Maria, 09.01.17

O sol já estava no ocaso mas ainda deixava ver os canaviais e os pequenos montes que se recortavam na paisagem, daí a pouco seriam apenas sombras na noite que se aproximava, baixo os olhos para o telemóvel, procuro o sapo blogs e perco-me nas leituras dos blogues, depois no facebook vou vendo o que os amigos publicam e fico a par de muitas novidades. Não sei quanto tempo passou, apenas sei que quando levantei os olhos era noite escura, olho o relógio e fico pasma.

Como é possivel que o tempo corra tanto e tão depressa que nem dou por isso, às vezes penso que vivia melhor, com mais qualidade de vida sem as tecnologias. Por outro lado sem as tecnologias como encheria pedaços de tempo, poderia dedicar-me mais à leitura como fazia antes, poderia fazer mais trabalhos de mão como antes, poderia visitar mais vezes as pessoas, e tomar mais vezes café ou lanchar com elas como fazia antes. Sim, poderia, mas será que quero?

Não, não quero, era simples largar as redes sociais, mas não quero, também acho que não era simples, isto é quase um vício, vir aqui deitar palavras para uma folha em branco dá-me imenso prazer, saber que alguém me lê é gratificante, escrever obriga-me a pensar nas coisas de modo diferente e com mais pormenor, e gosto dessa exigência que faço a mim própria!

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 (imagem obtida da net)

Os Desafios da Abelha

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