Desafio Caixa de lápis de cor#10# vestido Verde claro
Semana após semana, eis que chegamos ao número 10 do desafio "caixa lápis de cor". proposto pela Fátima Bento, hoje temos a cor Verde claro
A moça adorava aquele vestido sem mangas, fresco e esvoaçante, assim que os seus olhos pousaram nele, soube logo que era aquele que queria. Comprou-o, vestiu-o, mirou-se no espelho e resplandeceu com a sua imagem, aquela cor verde claro ou verde água contrastava com a sua pele morena e o seu cabelo de tons castanho acobreados.
Naquele dia saiu com aquele vestido para ir a uma festa de casamento de uma amiga. Tinha calçado uns sapatos de salto alto a condizer com o vestido e com a bolsa, os cabelos estavam penteados de uma forma artística e usava uma maquilhagem leve e fresca. Sentia-se linda e deixava que as cabeças se virassem à sua passagem.
A cerimónia do casamento tinha lugar numa igrejinha pequena e antiga erguida num ponto alto da aldeia. Após a cerimónia todos os convidados saíram da igreja e esperavam os noivos no adro, a moça também lá estava quando sentiu algo na sua pele que a picou de imediato, levou a mão ao ombro, local onde tinha sentido a picada, a sua mão tocou em algo que pensou ser um bicharoco qualquer, talvez uma abelha ou um abelhão. Não deu grande importância aquilo.
Os noivos saíram da igreja felizes por finalmente estarem "casados para a vida toda" os convidados atiraram pétalas e arroz e felicitaram os noivos, o fotógrafo fez as fotografias, as pessoas foram entrando nos carros para se dirigirem a uma fabulosa quinta, onde imperava o verde de vários tons nas ramagens das árvores de sombra e da relva, que albergava um excelente restaurante, ali estava a ser preparado o banquete que iria servir as mais deliciosas iguarias. Delineava-se uma grande festa, com muita música, muita comida, muita bebida e alegria até às tantas. No fim, haveria o bolo dos noivos e fogo de artificio.
Já no carro a moça sentada no lugar do pendura, começa a sentir-se indisposta e com alguma dificuldade em respirar, algumas manchas vermelhas começaram a aparecer na sua pele, diz para a pessoa que a acompanha: - leva-me ao hospital!
Entrou no hospital toda "empiriquitada" no seu lindo vestido verde claro, com manchas vermelhas na pele e dificuldade em respirar, o médico deu-lhe logo três injecções e ficaram a aguardar. As manchas já se espalhavam por quase todo o corpo, a medicação que levou parecia não estar a surtir efeito, as horas a passar e o turno do médico a terminar. Passadas duas horas chamaram a ambulância que a levou para um grande hospital de Lisboa, após a triagem, esperou no corredor. Ninguém a foi ver, as horas a passar e as manchas a desaparecer. Já a noite ia alta, as manchas tinham desaparecido por completo e a moça que perdeu a festa do casamento, perguntou a um médico se podia ir para casa. Foi então observada e deixaram-na ir embora sem que alguma coisa fosse feito ali. Apenas esperou. A medicação que lhe foi administrada no pequeno hospital fez a sua acção no grande hospital.
Desiludida e triste a moça não desfrutou da festa do casamento, lamentou tudo o que gastou para comprar o vestido, os sapatos, o cabeleireiro, a maquilhagem e a prenda que deu aos noivos, para passar a tarde toda dentro do hospital. A pessoa que a acompanhou também ficou com a festa estragada. Amaldiçoou aquele maldito insecto que a picou, que lhe estragou o dia e a festa. Ficou conhecida por " a moça do vestido verde claro!
(Imagem tirada da net)
Neste desafio encontramo-nos todas as semanas eu a Marquesa a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã e o João-Afonso Machado a Fátima Bento