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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Pessoas arrogantes

Maria, 28.02.16

 

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"Existe uma grande diferença entre confiança e arrogância. A confiança inspira os outros, a arrogância intimida. Pessoas arrogantes acham que sabem tudo, pelo que nunca vão reconhecer o valor dos outros."

 

Adriana aproximara-se de Marisa com voz meiga e gestos de amizade, ia-lhe confiando alguns aspetos da sua vida no sentido de ganhar a confiança de Marisa. No entanto, quando as coisas não estava de feição, ficava irritada e punha a nu toda a sua própria natureza, o seu timbre e entoação de voz começava a dar sinais de pessoa arrogante e desconfiada. Fazia-se de vitima por tudo o que acontecia, mesmo pelos erros que ela própria tinha cometido e que atribuia a culpa aos outros, pois só ela sabia fazer as coisas, só ela queria poder controlar tudo com uma segurança que sabia não possuir, o que a deixava ainda mais azeda, não admitindo tal facto. As opiniões dos outros jamais tinham relevância. Sentia sem admitir, inveja e ciúme por aquelas pessoas que de alguma forma eram superiores a ela. Aos poucos, Marisa ia descobrindo que algumas das coisas que Adriana lhe contava eram mentira, começou a perceber que Adriana estava a querer controlá-la e manipulá-la, mas, Marisa, ao perceber o esquema, não se deixou intimidar, foi-lhe respondendo à letra. 

Adriana era uma pessoa toxica.

Uma pessoa a evitar!

 

 

Remorsos

Maria, 19.02.16

Quem não sentiu já remorsos de alguma atitude que tomou ou de alguma coisa que disse e depois se arrependeu? quem não sentiu já esta angústia que poderia ter evitado? O remorso quando é sentido de verdade é uma sensação muito intensa que provoca um tal estado de mal estar, induzindo a uma tristeza  que fica a fervilhar no interior da alma por um prazo mais ou menos longo, dependendo do grau de intensidade do que foi feito ou dito. Ao mesmo tempo sugere um grau de resignação, o que atribui ao remorso um certo grau de dignidade. Em termos de atitude o remorso pode ser entendido como algo entre a tristeza que envolve uma aceitação e a angústia e que envolveria uma não aceitação.

 

Era o final do turno, alguém lhe pediu se não se importava de executar certa tarefa, olhou o relógio, passavam alguns minutos do seu horário de saída - disse que não - e foi embora.

 

Aquele não iria martelar-lhe nos ouvidos e esganar-lhe o sono. Sem que quisesse o  arrependimento surgiu de imediato. (isto de sentimentos não é como nós queremos) Faz parte na nossa natureza e da educação que tivemos. Já não havia volta a dar - o que foi dito não se pode apagar com uma borracha, mesmo que consigamos apagar superficialmente, fica sempre a marca. O remorso de um simples não obrigou-a a refletir maduramente durante horas num assunto que não era muito relevante, obrigou-a a tomar outras atitudes de futuro, obrigou-a a crescer mais um bocadinho!

Remorso - Olavo Bilac.jpg

 

 

 

A gatinha

Maria, 21.11.15

A janela do quarto foi aberta para deixar entrar uma ténue réstia de sol. A pequena e fofa gatinha de pêlo tigrado não se fez rogada, aproveitou e saltou a janela, instalou-se e muito bem (para ela) no centro da cama onde a réstia de sol incidia. Quando a dona da casa abriu a porta do quarto, pousou os seus olhos nos olhos da gata, as duas pensaram na mesma coisa mas de maneiras diferentes e entenderam-se perfeitamente - sem mais palavras, a gatinha saltou da cama para o chão e deste para o sítio por onde tinha entrado, neste caso a janela. A gatinha tal como outros gatos (muitos que circulam por ali) e nenhum da dona da casa, mas todos dos vizinhos, passeiam pelo quintal, deitam-se à sombra das árvores, abrigam-se nos telheiros e fazem parte do dia a dia da senhora Deolinda. A senhora Deolinda não gosta de gatos dentro da sua casa, por isso não tem nenhum seu, mas gosta deles e de os ver por ali!

A senhora Deolinda acha os gatos uma fofura, jamais lhes faria algum mal.

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(imajem tirada da net)

Descalços na areia

Maria, 13.11.15

No meu sonho caminhavamos os dois descalços, de sapatos na mão, na areia dourada da praia, de mão dada, trocando carinhos, fazendo planos, a esperança no futuro nos fazia avançar sem medo, a vida nos sorria. Lentamente as pequenas ondas iam e vinham despejando pedaços de espuma branca que logo se desvaneciam na areia. Os nossos pés recebiam o beijar da espuma como uma carícia fresca que aveludava o caminhar sobre a areia. O sol quase a pôr-se no horizonte oferecia uma panorâmica maravilhosa e romântica num entardecer de outono. Olhei para trás e vi as nossas pegadas que calcavam a areia fina e vi que preenchiam apenas um curto espaço e me sobressaltei... porque seria que não estavam lá todas as pegadas? O meu sonho se estendeu para além disso e deu um salto para lá do tempo, comecei a ver coisas que me atormentavam o espírito e nesse momento acordei...

Acordei e fiquei feliz por ter vivido aquele momento mesmo em sonho e percebi que o curto espaço de tempo, foi o tempo em que me mostraste a vida, me ensinaste a viver e fizeste crescer vida dentro de mim, me fizeste feliz. Um dia algo provocou o caos nas nossas vidas e percebemos com profunda tristeza que já não havia tempo para realizar os nossos planos, que o sol tinha deixado de brilhar para nós e tu te tornaste numa estrela a iluminar as minhas noites, a  dar-me força e a guiar-me  na terra até um dia...

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O Sr Bernardo

Maria, 09.11.15

O sitio e a posição em que aquele cadeirão se encontrava disposto naquela sala oferecia uma visão perfeita a quem nele se sentasse, de tudo o que se passava em redor. O Sr. Bernardo, era uma pessoa quase obesa, a sua barriga enorme e muito redonda fazia lembrar uma bola de pilates, deslocava-se com a ajuda de uma bengala e possuia igualmente um rosto redondo e um soriso encantador, habitualmente ocupava o cadeirão  quando lia o jornal, gostava de estar informado e gostava de ocupar o tempo, embora o cadeirão lhe oferecesse uma boa visão de tudo, nunca se ouvia um comentário de crítica a alguma coisa ou a quem quer que fosse. Ele presenciava e ouvia muitas coisas. O Sr. Bernardo era uma pessoa educada e culta. Quando ela chegava cumprimentava-o sempre com um alegre "bom dia sr. Bernardo" ele dirigia-lhe aquele bonito sorriso como cumprimento. Gostava de boa comida e bem regadinha.

 

Porém, naquele dia o Sr.Bernardo não se encontrava no cadeirão, teria ido ao quarto, ou saído com alguém, as suas pernas e o peso da sua barriga já não lhe permitiam nem grandes nem pequenas aventuras e frequentemente se queixava de desconforto. Não abedicava de bons pratos.

 

O Sr. Bernardo estava no quarto, deitado com a sua barriga apoiada nos lençóis brancos de algodão que cobriam o colchão da sua cama, tinha mau aspeto, estava pálido e sem sorriso nos lábios. Os bons pratos nem sempre ajudavam o bom funcionamento do seu organismo.

 

Naquele dia nada comeu, apenas bebeu chá, tinha que recompor  o funcioamento normal do mecanismo que era o seu corpo, não saiu do quarto e o cadeirão ficou vazio, inerte e frio, embora a temperatura por fora das paredes fosse quente, como um calor de verão. 

 

Os Desafios da Abelha

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