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Abrigo das letras

Abrigo das letras

Desafio de escrita do Triptofano #4#Manobras axadrezadas

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Tinha sido apanhada na sua própria teia por um lance diabólico daquele bispo que se fazia passar por sendo um homem de Deus. Tinham-na encurralado numa torre com as duas aias que lhe tinham sido permitido acompanhá-la. No frio e na escuridão daquela torre levava horas a imaginar uma jogada que derrubasse os cavaleiros do Rei.

Eles eram inteligentes e guiavam os seus cavalos com perícia, saltavam por cima de tudo e todos. Confinada  áquela torre e tendo as duas aias sempre alerta, não tinha como sair dali, entretanto os homens de Deus assim como os cavaleiros do rei iam derrubando o povo, os seus aliados com a sua rainha confinada tinham pouca força , embora se esforçassem ao máximo para a libertar, sempre que o faziam perdiam alguém importante, o cerco era cada vez maior.

Ela era rainha, tinha poder e astúcia, tinha que sair dali de qualquer jeito, se o pensou melhor o fez, numa jogada muito arriscada, sacrificando uma aia, saiu. 

Mais feroz que nunca, reuniu o povo e os poucos cavaleiros que lhe restava, em segredo delinearam uma estratégia, antevendo as possíveis manobras dos seus adversários agiram com inteligência, eram poucos mas eram bons. Iniciaram um ataque não descurando a defesa. Um após outro os adversários foram caindo e o cerco foi se apertando em redor do rei, até aqueles bispos, falsos homens de Deus caíram na armadilha arquitectada pela astuta rainha, e não havia mais escapatória para o rei. Aconteceu aquilo que estava escrito que aconteceria.

Xeque mate, o reinado caiu!

Texto escrito no âmbito de o Desafio de Escrita do Triptofano

Participam também:

Ana de Deus , Ana do Green IdeasBruno no Fumo do Cigarro
Marta de O Meu CantoTriptofanoMaria Araújo do cantinho da casa

 

 

Desafio de escrita do Triptofano #Esperança

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Não sei como cheguei aqui, quero andar mas sinto-me pregado ao chão, há correntes dentro de mim que me tolhem o discernimento, quero ver o sol jorrar dessa janela mas há tantas grades pregadas que não consigo nem ver um raio de sol, tanta negrura, tanta negrura é só o que vejo, rabisco a parede na tentativa de sentir que ainda estou vivo, mas uma teia me envolve e me aperta, não me consigo mexer, há fios, muitos fios que me puxam e puxam para baixo, as minhas forças são poucas, o chão foge-me debaixo dos pés e num esforço superior às minhas forças num único momento consigo me agarrar aquele feixe de luz que por milagre emanou da janela! Esperança!

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano

 

Desafio de Escrita do Triptofano

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Tio, o que estás a fazer?

Deito sementes à terra!

E elas vão germinar?

Sim, mas tenho que as regar se não chover,

Achas que vai chover tio?

Não sei quando meu sobrinho, o S. Pedro esqueceu-se de nós,

Porque dizes isso tio?

Porque não chove há imenso tempo, a terra está muito seca e os nascentes estão com pouca água,

Tio, a água é muito importante para a vida das plantas e também para a nossa não é?

Sim, meu querido, quando deitamos a semente à terra, ela precisa de humidade para germinar, temos sempre esperança que essa semente dê bons frutos mas para isso acontecer temos de regar se não chover, temos que tratá-la com carinho, livrá-la das ervas daninhas e colhê-la na altura certa.

Sabes meu querido menino, nós somos as sementes que os nossos pais deitaram à terra para germinar e também darmos os nossos frutos e assim dar continuidade à nossa espécime, por isso, é nosso dever cuidar da nossa vida e do nosso corpo com amor e carinho porque ela é o Dom Maior existente na Terra!

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano