Não sei quando meu sobrinho, o S. Pedro esqueceu-se de nós,
Porque dizes isso tio?
Porque não chove há imenso tempo, a terra está muito seca e os nascentes estão com pouca água,
Tio, a água é muito importante para a vida das plantas e também para a nossa não é?
Sim, meu querido, quando deitamos a semente à terra, ela precisa de humidade para germinar, temos sempre esperança que essa semente dê bons frutos mas para isso acontecer temos de regar se não chover, temos que tratá-la com carinho, livrá-la das ervas daninhas e colhê-la na altura certa.
Sabes meu querido menino, nós somos as sementes que os nossos pais deitaram à terra para germinar e também darmos os nossos frutos e assim dar continuidade à nossa espécime, por isso, é nosso dever cuidar da nossa vida e do nosso corpo com amor e carinho porque ela é o Dom Maior existente na Terra!
Aí está, novamente a ler Ken Follett. Depois de percorrer alguns corredores da biblioteca da minha vila, depois de ler tantos títulos, tantos autores de tantas e boas obras, eis que Ken Follett me vem novamente parar às mãos, sem dúvida um dos meus escritores preferidos. Já perdi a conta ao numero de obras que li deste autor, desde "os pilares da terra" em dois volumes, que foram os os primeiros, "Mundo sem fim" ou a trilogia "o século" (três volumes) entre outros, e mais recentemente "o amanhecer de uma nova era"... é sempre uma leitura que me transporta para as épocas e locais que tão bem retratadas são na escrita.
Estamos nos anos de 1558 a 1620! À época Maria Stuart rainha da Escócia, Maria Tudor rainha da Inglaterra, Catarina de Medici rainha de França!
Caminhar pelos campos ou pelas falésias é algo reconfortante, dá fadiga ao corpo e leveza à alma. Desta vez a escolha recaiu sobre a trilha a iniciar na Praia do Abano e subir, sempre a subir até à Peninha. Pelo caminho desfruta-se de paisagens maravilhosas até onde a vista alcança. lá em cima bem no alto está a Peninha, além a praia do Guincho, a vila de Cascais, a cidade de Lisboa e a ponte sobre o Tejo, para o outro lado é o cabo da Roca e mais longe a Ericeira, as vistas são deslumbrantes.
Os caminhos estão secos, a vegetação não está tão verde nem tão alta como seria de esperar nesta altura do ano, pedras soltam-se debaixo dos nossos pés e o pó inunda os nossos sapatos, as mimosas floridas de um lindo tom amarelo exalam o seu perfume e embelezam a paisagem numa extensa área florestal, olhando em frente tudo o que vemos de cor amarela no meio do verde da floresta, é a mimosa, não obstante a sua beleza delicada que inunda os nossos olhos, esta árvore é ao mesmo tempo tão infestante que se tornou numa grande praga na serra de Sintra, elas crescem por todo o lado impedindo as outras espécies de se desenvolverem.
A vegetação é baixa e consegue-se ver outros caminhantes pelos vários caminhos e trilhos, o céu está azul e o sol aquece neste Inverno quente e seco. No meio do nada aparece um lírio roxo, prenúncio de uma estação primaveril antecipada. Junto à praia do Abano mesmo na arriba situa-se um restaurante que olhando por fora tem ar de abandono, mas quando entras encontras uma sala bonita, linda e acolhedora.
A praia é uma pequena baía com muitos calhaus antes de chegar ao areal, o acesso é feito por uma escadaria entre rochas a sul e mais a norte por caminhos pouco definidos, mesmo ao centro da praia está um enorme rochedo preto e crianças brincavam em seu redor. O acesso a esta praia é feito por uma estrada de terra batida, estreita em alguns lugares, nesta altura do ano está com imensos buracos e muito pó, tivemos que circular muito devagar e com as janelas fechadas, no entanto o transito para lá é muito!
Porque o bichinho de criar coisas com tecidos, fios e agulhas a acompanhou desde que se lembra de ser gente, há uns anos meteu mãos à obra e criou este quadro em ponto de cruz. Cresceu a ver a avó e a mãe a pegar nestes materiais sempre que tinham um pouco de tempo e rapidamente lhe ganhou o gosto. Quando jovem e, porque era prática comum as jovens confeccionarem o seu próprio enxoval, aos quinze anos comprou uma máquina de costura com o dinheiro do seu próprio trabalho, com ela bordou barras de lençóis de cama e de banho, panos de cozinha, toalhas de mesa, teceu em croché naperons, toalhas e uma colcha... o bichinho dos tecidos, fios e agulhas, esse nunca a abandonou embora, a vida nem sempre lhe houvera proporcionado tempo suficiente para dar largas à imaginação e, por consequência tê-la-á obrigado a várias pausas ao longo do tempo. Há uns anos, com o vicio de ponto de cruz criou vários quadros com os quais embelezou as paredes da sua casa, este foi o que mais dificuldades lhe ofereceu, não pelo trabalho em si mas pelo facto de ser executado em fundo preto, concluiu-o mas, arrependeu-se logo de o ter iniciado, um trabalho tão minucioso feito em fundo preto foi difícil e complicado, quando o terminou, olhou a obra e o resultado deixou-a feliz.
Hoje, ao ver a proposta da Fátima Bento para o desafio desta semana, a primeira coisa que lhe veio à cabeça foi o quadro que está na parede daquela casa. Os Planetas.
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e é o segundo maior planeta do Sistema Solar, ficando atrás apenas de Júpiter. Suas dimensões são 9 vezes maiores que as da Terra. Devido à sua composição, é conhecido também como gigante gasoso e destaca-se pela beleza do sistema de anéis que o circunda, os quais são formados a partir de fragmentos de rocha e gelo.
A pintura de Wassily Kandinsky representa uma série de círculos, todos eles com um simbolismo definido que não sei interpretar, e por isso somente me fez lembrar aquele quadro que está na parede representado o Planeta Saturno com o seus anéis e outros planetas adjacentes!
No âmbito do desafio "arte e inspiração" participo eu e: