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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Desafio Caixa de lápis de cor#11# Estádio do Benfica

Maria, 31.03.21

Semana após semana, eis que chegamos ao número 11 do desafio "caixa lápis de cor". proposto pela Fátima Bento.   Avançamos com o inconfundível Vermelho 

A bom ritmo as bancadas e o relvado iam-se enchendo de gente, na sua maioria, gente nova e muito nova, os fãs mais arraigados tentavam o ficar o mais possível na primeira linha junto ao palco, alguns já ali estavam há horas sentados na relva a marcar o seu lugar. Quando a mãe e a filha chegaram aos seus lugares nas bancadas que por sorte se situavam num zona privilegiada, ligeiramente perto do palco e com muito boa visibilidade a partir dali.

A filha um dia perguntou à mãe se ela gostava de umas músicas que pôs a tocar... a mãe respondeu -- claro que gosto, estou sempre a ouvi-las na rádio...

- vamos ver um concerto dele ao estádio da luz, mãe? 

A mãe nunca tinha ido ao Estádio dos encarnados, tinha curiosidade de o ver ao vivo, assim assentiu...

- sim vamos.

Naquela tarde de Domingo de Junho de 2019, mãe e filha rumaram a Lisboa, o dia estava soalheiro, muito quente até, iam vestidas com roupas primaveris, leves e frescas, estacionaram o carro num dos parques de Lisboa, perto do centro comercial Colombo e do Estádio do Benfica, dirigiram-se para o estádio, mas não iam ver os encarnados jogar, iam assistir a um grande espectáculo. A lotação tinha esgotado na noite anterior e também naquele dia, sessenta mil pessoas estavam prontas para  assistir.

A filha já tinha estado dentro do estádio, mas a mãe não, por isso, quando entrou algo se passou dentro dela, felicidade por estar ali e poder ver ao vivo aquele espaço que só conhecia da televisão, poder participar daquela grande "família" reunida para ouvir música, sentir e vibrar com a voz inconfundível de Ed Sheeran, sentir o espectáculo que é uma multidão em uníssono aplaudir um grande artista, estender o olhar e ver um estádio completamente repleto nas bancadas e relvado, tudo com uma organização exemplar.

Na hora exacta entrou em palco o primeiro dos três artistas que antecedeu o artista principal, Ben Kweler, seguido por Zara Larsson e James Bay e finalmente Ed Sheeran. Os aplausos não se fizeram esperar e um e um estádio inteiro vibrou com a entrada do artista.

Durante o espectáculo, elas e a multidão cantaram com ele, aplaudiram com entusiasmo e comeram gelados. Na última música e já era noite a maioria dos presentes acendeu a lanterna do telemóvel e o espectáculo que se gerou foi indescritível, emoções ao rubro.

A música, a envolvência, a multidão, o vermelho do estádio, as cores das roupas das pessoas, uma panóplia de conjugações fizeram deste dia um dia único. Mãe e filha tinham neste momento a mesma idade!!

Neste desafio encontramo-nos todas as semanas eu a Marquesa a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã e o João-Afonso Machado  a Fátima Bento

Parque de estacionamento

Maria, 27.03.21

Sempre que vai à vila estaciona o carro naquele parque, um parque de estacionamento bem no centro, dali, vai-se com facilidade a qualquer ponto da vila, por isso, embora pago, está sempre lotado, não raras são as vezes que estão carros em fila de espera, à espera que alguém saia. Não era o caso naquele dia, havia muitos lugares disponíveis.... porque seria? a resposta não se fez esperar.... ali estavam eles com os coletes verde alface  de bloco  e caneta na mão.

A moça estacionou, por alguns momentos ficou a olhar para eles, ora para um, ora para outro, um mais acima, outro mais abaixo, os dois a escrever e a prender um papelinho no  limpa para brisas de todos os carros que não tinham o papelinho quadrado comprovativo do pagamento e tempo que ali podia permanecer.

Pegou na malinha, sacou de lá a carteira e procurou algumas moedas para ir colocar na máquina... desta vez não podia facilitar... outras vezes havia em que se esquecia da máquina ou não tinha moedas.... tivera sempre sorte... nunca lhe apareceu um bilhetinho no limpa para brisas.

Papelinho na mão, colocou-o no sitio certo, bem visível para que o polícia o visse, não fosse o diabo tecê-las. Entretanto tinha-se aproximado um rapaz que tinha o carro bem perto do agente e verificou que tinha lá o dito papel que retirou e se dirigiu ao agente, trocaram algumas palavras, após o que o rapaz seguiu o seu caminho que se cruzou com o da moça, trazia o dito papelinho na mão, ela perguntou-lhe se o guarda tinha retirado a coima --- não, e olhe que trabalho aqui perto, respondeu ele. - Pois é.... não podemos facilitar, disse ela. Trocaram mais alguma palavras e cada um seguiu o seu caminho.

Descansada, seguiu para tratar os assuntos que ali a levaram, ia pensando enquanto caminhava que foi uma sorte ter chegado ali quando os agentes ali estavam senão era bem provável que quando chegasse ao carro deparasse com a desagradável surpresa de um elegante papelinho que lhe custaria bem caro. 

E não é que ultimamente andava com a mania de facilitar... eles não aparecem aqui, pensava... pensava, mas agora já não pensa, porque após ter visto isto já não se vai fazer de esquecida, não!

Se há dinheiro que ela ache mais mal empregue e lhe custa a pagar são o dinheiro das multas. Raios... deixamos ali uma pipa de massa e não trazemos nada connosco! Digam lá se não é um raio de um dinheiro mesmo mal gasto?

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Conversas com a Mãe

Maria, 26.03.21

Numa das muitas conversas que tenho com a minha mãe, decorridas à sombra de um extenso chapéu de sol, sentadas em cadeiras de jardim, vamos ouvindo o canto de uma ave que a minha mãe diz ser de um pássaro cujo nome nunca ouvi falar que houvesse (deve ser ser um daqueles nomes exclusivos só utilizados em alguns pontos do país).

Mas eu dizia para a minha mãe - ó mãe isto é o canto de um cuco, tem todas as características de ser um cuco - e íamos ouvindo o seu canto ora de um lado ora de outro, porque a ave, embora não a víssemos, estava sempre a mudar de sitio. Eu cada vez mais convencida de que era um cuco.

Fui pesquisar acerca desta ave e comparar o som que ouvia com o som que saía do canto do cuco no telemóvel... ó mãe está a ver como o canto é igual.... acho que a convenci mas sei que não a venci.... com a idade que ela tem e agarrada que está às suas ideias, quem a consegue mudar?

O canto do cuco anuncia a primavera que já nos brindou com o sol, com as flores, com as andorinhas, com o chilrear dos pardais, com as nêsperas a começar a dar os primeiros sinais da sua cor. 

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A Esperteza do cuco

É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir um ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente.

No fim da primavera, a fêmea do cuco procura lares adoptivos para os seus ovos. Quando encontra um hospedeiro apropriado — aves cujos ovos se assemelham ao dos cucos — ela espera até que o ninho deixe de estar vigiado, retira um dos ovos do hospedeiro e substitui-o pelo seu.

Os filhotes do cuco também já apresentam um estratagema de sobrevivência traiçoeiro, aparentemente gravado geneticamente, pois, logo ao saírem dos ovos, empurram para fora do ninho os recém-nascidos autênticos de uma ninhada, tomando-lhes o lugar.

 

Limpeza de jardins

Maria, 25.03.21

Nesta altura do ano é uma tarefa frequente quase quotidiana ver-se os jardineiros e pessoas em geral na azáfama de limpar os jardins, de podar árvores de fruto e sombra, de aparar arbustos, limpar canteiros, aparar relvas, uma panóplia de tarefas muito própria desta época chamada primavera. Assim sendo, também é muito frequente ver-se junto aos contentores de lixo enormes montes de material orgânico resultante dessas limpezas.

Ora estava eu numa dessas tarefas a cortar um arbusto  que já estava bastante grande ou seja, grande demais para o espaço onde estava plantado, as suas raízes a partir o muro e a levantar o chão. Aquilo não podia continuar, estava a destruir o pátio....

O Homem de moto serra na mão, ditou-lhe a sentença.... o dito cujo quase todo esventrado e esquartejado, braços para um lado, coluna vertebral para o outro, eu a arrastar os ramos e troncos cortados para o sitio onde iriam ser recolhidos ele a negar-se, a dificultar-me o trabalho, quase dizer, - não quero ir para ali, eu insensível a arrastá-lo e, quase como se tivesse sido chamado, aparece  nesse exacto momento o camião que faz essas recolhas. Nem de propósito, levou logo tudo! Ele nem pestanejou...

Fiquei a pensar naquilo... Se há coincidências ou se, há o estar no local certo à hora certa esta foi sem dúvida uma delas!

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(Imagem tirada da net)

 

 

 

Desafio Caixa de lápis de cor#10# vestido Verde claro

Maria, 24.03.21

Semana após semana, eis que chegamos ao número 10 do desafio "caixa lápis de cor". proposto pela Fátima Bento, hoje temos a cor Verde claro

A moça adorava aquele vestido sem mangas, fresco e esvoaçante, assim que os seus olhos pousaram nele, soube logo que era aquele que queria. Comprou-o,  vestiu-o, mirou-se no espelho e resplandeceu com a sua imagem, aquela cor verde claro ou verde água contrastava com a sua pele morena e o seu cabelo de tons castanho acobreados.

Naquele dia saiu com aquele vestido para ir a uma festa  de casamento de uma amiga. Tinha calçado uns sapatos de salto alto a condizer com o vestido e com a bolsa, os cabelos estavam penteados de uma forma artística e usava uma maquilhagem leve e fresca. Sentia-se linda e deixava que as cabeças se virassem à sua passagem. 

A cerimónia do casamento tinha lugar numa igrejinha pequena e antiga erguida num ponto alto da aldeia. Após a cerimónia  todos os convidados saíram da igreja e esperavam os noivos no adro, a moça também lá estava quando sentiu algo na sua pele que a picou de imediato, levou a mão ao ombro, local onde tinha sentido a picada, a sua mão tocou em algo que pensou ser um bicharoco qualquer, talvez uma abelha ou um abelhão. Não deu grande importância aquilo.

Os noivos saíram da igreja felizes por finalmente estarem "casados para a vida toda" os convidados atiraram pétalas e arroz e felicitaram os noivos, o fotógrafo fez as fotografias, as pessoas foram entrando nos carros para se dirigirem a uma fabulosa quinta, onde imperava o verde de vários tons nas ramagens das árvores de sombra e da relva, que albergava um excelente restaurante, ali estava a ser preparado o banquete que iria servir as mais deliciosas iguarias. Delineava-se uma grande festa, com muita música, muita comida, muita bebida e alegria até às tantas. No fim, haveria o bolo dos noivos e fogo de artificio.

Já no carro a  moça sentada no lugar do pendura, começa a sentir-se indisposta e com alguma dificuldade em respirar, algumas manchas vermelhas começaram a aparecer na sua pele, diz para a pessoa que a acompanha: - leva-me ao hospital!

Entrou no hospital toda "empiriquitada" no seu lindo vestido verde claro, com manchas vermelhas na pele e dificuldade em respirar, o médico deu-lhe logo três injecções e ficaram a aguardar. As manchas já se espalhavam por quase todo o corpo, a medicação que levou parecia não estar a surtir efeito, as horas a passar e o turno do médico a terminar. Passadas duas horas chamaram a ambulância que a levou para um grande hospital de Lisboa, após a triagem, esperou no corredor. Ninguém a foi ver, as horas a passar e as manchas a desaparecer. Já a noite ia alta, as manchas tinham desaparecido por completo e a moça que perdeu a festa do casamento, perguntou a um médico se podia ir para casa. Foi então observada e deixaram-na ir embora sem que alguma coisa fosse feito ali. Apenas esperou. A medicação que lhe foi administrada no pequeno hospital fez a sua acção no grande hospital.

Desiludida e triste a moça não desfrutou da festa do casamento, lamentou tudo o que gastou para comprar o vestido, os sapatos, o cabeleireiro, a maquilhagem e a prenda que deu aos noivos, para passar a tarde toda dentro do hospital. A pessoa que a acompanhou também ficou com a festa estragada. Amaldiçoou aquele maldito insecto que a picou, que lhe estragou o dia e a festa. Ficou conhecida por " a moça do vestido verde claro!

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(Imagem tirada da net) 

Neste desafio encontramo-nos todas as semanas eu a Marquesa a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã e o João-Afonso Machado  a Fátima Bento

Os Desafios da Abelha

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