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Abrigo das letras

Abrigo das letras

A força dos Afectos

A força dos Afectos, um livro apaixonante, um relato vivido e contado com tanta naturalidade como natural são as coisas. 

Torey, uma professora do ensino especial que com técnicas delicadas e humildes, ao mesmo tempo doces consegue quase o impossivel nas crianças que estão a seu cargo. Porém, o maior desafio de Torey é sem dúvida a mãe de uma das crianças que, sendo uma mãe muito problemática se torna quase uma aluna no entanto, uma assistente de uma capacidade incrível. As duas juntas, Torey e Lady chegam ao fim do periodo escolar com um trabalho fantástico com as crianças!

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 Um livro que acabei de ler e recomendo, é fascinante, não só pela forma como está escrito mas especialmente pelo tema que aborda. RECOMENDO vivamente!

 

 

 

O sol hoje não namora

Cinzento está o dia

chuvisca lá fora,

parece que se perde a alegria.

O sol hoje não namora,

ele se afunda no mar

porém, não o vejo,

não sei onde foi parar

aquele que tanto invejo!

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 Uma gaivota sobrevoa,

alimento procura,

restos de comida talvez

que na praia ainda perdura!

 

Verão

Se me perguntarem se gosto do Verão? é verdade, eu gosto do Verão, gosto de usar roupas frescas, de comer saladas e peixe grelhado, gosto de ir à praia e tomar banhos de água fria, caminhar na areia molhada com as ondas a rebentar nos pés, gosto de ver o pessoal a jogar à bola na areia, de ver os corpos bronzeados, de comer gelados, de sentir o sol a queimar ao de leve a minha pele, das cores e das sombras do chapéus de sol, de ver e ouvir as crianças pequeninas a brincar na areia com os seus baldinhos e pás, gosto dos piqueniques feitos no pinhal ou em parques próprios e das festas de verão, dos arraias, das procissões, dos artistas, dos bailaricos e do fogo de artifício, de almoçar, jantar e comer caracóis nos restaurantes das festas, das quermesses, de ver pessoas que já não via há anos e sobretudo do convívio, e tantas mais coisas que não me estou a lembrar agora. Também há as coisas de que não gosto, a confusão de gente nas praias, nos supermercados, no transito, nas ruas (mas sem gente nas ruas o verão não sabe a verão), não gosto dos incêndios, das bebedeiras, da má educação e faltas de respeito etc...

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Não gosto do calor extremo que se fez sentir a semana passada, nem que esse mesmo calor tenha provocado tantos prejuízos nas vinhas e pomares, nem da destruição de tantos hectares de floresta queimada pelos incêndios, nem de tantas casas queimadas e tento colocar-me no lugar das pessoas que perderam tudo pelo o que lutaram uma vida inteira, tento colocar-me nesse lugar mas não consigo, é muito difícil imaginar-me ficar sem tudo o que construí de um momento para o outro e compreendo a relutância que muitas dessas pessoas tiveram em abandonar as suas casas, mas também compreendo que em primeiro lugar está a vida da pessoa, a casa e os bens vêm em segundo lugar embora, isso seja uma parte importantíssima da vida das pessoas... Depois há que recomeçar do zero.... deixo aqui um grande abraço de solidariedade para todos os que ficaram menos bem!

Melancolia

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Surges do nada e sem aviso prévio,

invades todo o meu ser,

deixando-me apática e silenciosa,

molhas-me os olhos durante a noite,

com uma torrente caprichosa,

deixas-te ficar,

comodamente instalada,

como se o teu corpo fosse este,

e teimas em regressar 

ao lugar de onde vieste.

És um sentimento estranho,

tão estranho como a apatia que causas,

deram-te um nome,

porque tudo tem um nome,

o teu só podia

ser melancolia!