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Abrigo das letras

Abrigo das letras

A desilusão não é um estado fácil

Sentada no sofá, olha distraída os troncos que na lareira crepitam entre um brasido incandescente, dos seus olhos pendem umas lágrimas que a custo segurou mas que agora deslizam lentamente pela sua fase. Sente-se desiludida. Lá fora no frio da noite um gato mia, faz uns ruídos estranhos, próprios desta altura do ano , às vezes parecem crianças a chorar. Estes sons vindos da rua entristecem ainda mais o seu coração já partido. Esperara tantos anos por ele, e ele chegara, o seu carinho enchera a sua vida, vivera momentos tão bonitos  que agora teimam em se tornar apenas recordações.

Levanta-se e coloca outro tronco na lareira que parece querer apagar-se, desiludida com quem a mantém acesa. Aquela chama que se apaga é como  a alegria que resplandecia no seu rosto e se apagou. O tronco incendia e ela fica ali a olhar para aquela chama que cresce, que cresce e ilumina, e pensa que bom que era que a serenidade do seu coração voltasse e a paz do seu espirito também. Está desiludida sim e muito triste também, mas pior que estar neste estado de espirito é alimentar algo que não tem asas para voar, nem pernas para andar, é alimentar algo que fica estagnado como as águas lamacentas de num pãntano.

Assim, sabe que hoje não é dia para ponderar seja o que for, o seu estado não permite, amanhã certamente que estará um pouco mais serena e calma, ou não...... A desilusão não é um estado fácil!

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Resgate sorrisos

Esta semana, numa grande superficie vai decorrer desde 28 de Janeiro a 06 de Fevereiro uma campanha de sensibilização e angariação de donativos promovida pela instituição "Filhos do coração" para resgatar da escravatura crianças do Gana que são vendidas por vinte euros e obrigadas a trabalhar 14 horas por dia a troco de um prato de comida e maus tratos. Escravatura é sempre escravatura mas quando se fala de escravatura aplicada a crianças de três ou quatro anos estamos a falar de uma violência sem limites que vai contra todas as leis dos direitos humanos. No nosso canto, na comodidade da nossa casa, do nosso emprego ou da nossa vida nem nos passa pela cabeça ao que estão sujeitas tantas e tantas pessoas de todas as idades. Apenas um pequeno gesto de cada um de nós pode fazer toda a diferença na vida daquelas crianças que apenas tiveram o azar de nascer num local errado.

Muitas são as vezes que a dúvida nos assalta quando se fala nestas campanhas, coloca-se a questão: será aque aquilo que dou vai realmente ajudar quem precisa ou será que quem não precisa se vai apropriar daquilo que dou?

Não raras as vezes que esta dúvida  me assalta no momento de fazer um donativo deste gênero, mas penso instantaneamente que se não der é que não chega ao sítio certo coisa nenhuma. Então, na dúvida algumas vezes dou por mim a doar a instituições que me inspirem credibilidade. 

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Do outro lado da rua

Os sons que atravessam rua e as janelas chegam-me aos ouvidos na forma de música a tocar num som bastante elevado, mas levando em conta que a hora da noite ainda suporta este tipo de ruídos, a juventude está no auge e precisa de se divertir. Ao fim e ao cabo é sabado à noite.... Possivelmente está a decorrer uma festa de anos, a churrasqueira está acesa, a carne a grelhar e todas as luzes da casa estão acesas....

Sabado á noite... também eu poderia estar numa festa ou num cinema, mas o conforto da minha casa é tanto ou mais agradável que essas coisas, enroladinha numa manta e de lareira acesa, um filme na televisão, boa companhia e estão reunidas as condições para ser uma noite bem passada!

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O paciente inglês

Um filme que já conta com duas décadas, que de vez em quando oiço falar e que nunca calhou ver. Para esta tarde invernosa de sábado foi o filme escolhido. Um filme que me prendeu ao ecrã, embora a história que se desenrola não tenha nada de especial, narra a história de um homem que foi encontrado no deserto com queimaduras tão fortes que ficou irreconhecível , a quem deram apenas o nome de "paciente inglês". Foi levado para um mosteiro onde uma enfermeira se interessa e cuida dele. A história desenrola-se durante a segunda guerra mundial e retrata os dois momentos da vida do paciente, a parte em que ele se apaixona pela mulher do amigo e vive um romance com ela e a parte em que ele está queimado e se vai lembrando das coisas que aconteceram e o deixaram preso aquela situação de sofrimento. Por fim ele pede à enfermeira que lhe dê uma dose maior de morfina e lhe pede que leia para ele até adormemecer!

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