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Abrigo das letras

Um blogue para interagir com as pessoas partilhando imagens, ideias e pensamentos!!

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Amadeo de Souza Cardoso

Maria, 20.04.16

"Exposição fica no Grand Palais até 18 de julho.

A exposição dedicada a Amadeo de Souza Cardoso (1887-1918), no Grand Palais, em Paris, é hoje inaugurada ao fim da tarde, numa sessão com a presença do primeiro-ministro português, António Costa.

Realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos da delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição, que abre ao público na quarta-feira, reúne 250 obras assinadas por Amadeo de Souza Cardoso, 15 obras de outros artistas, que foram próximos do criador português, como Modigliani, Constantin Brancusi e o casal Robert e Sonia Delaunay, e 52 documentos de arquivo."

Procissao Corpus Christi.jpg

 Amadeo de Souza-Cardoso era um visionário, vivia fora de seu tempo.

http://http://ebicuba.drealentejo.pt/ebicuba.drealentejo.pt/

A noite

Maria, 20.04.16

Estou deitada, deixo cair as pálpebras sobre os olhos e vejo o escuro. Um escuro cheio de sombras, as mesmas sombras que povoaram as horas de luz que se apagaram com o cair da noite. Sim, vejo o escuro e escuto o silêncio da noite, nesse silêncio ouço sons. Não o som do vento ou da chuva, hoje tudo está muito tranquilo, ouço o som das paredes, talvez porque sei que elas estão ali a protger-me do frio e da maldade do mundo. Decoram as minhas paredes alguns quadros que não deixam esquecer momentos já vividos e eternizados pelas imagens recolhidas por uma qualquer máquina fotográfica. Ouço as vozes dos móveis que sussuram entre si palavras que não compreendo, ouço-os porque sei que estão ali, que fui eu que os escolhi para conforto do meu quarto e das minha coisas. Os meus ouvidos escutam sons que mais ninguém escuta, parecem sons vindos de um búzio quando o encostamos ao ouvido e temos a sensação de escutar o mar ao longe. A letargia destes sons é quebrado pelo ladrar tímido de um cão, que logo se cala, parecendo envergonhado por ter perturbado esta tranquilidade. Tudo volta ao normal e ouço a minha própria respiração. A minha respiração é tranquila, normal, sei que vou adormecer daqui a nada e vou sonhar sonhos que de manhã não me vou recordar. Este amanhã é o agora e não me lembro dos sonhos da noite!

Os Desafios da Abelha

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