Percorro a rua central daquele espaço cercado por um muro alto pintado de branco, dentro desse espaço existem muitos espaços pequenos de fora retangular cobertos por uma pedra de mármore branca, e em alguns casos de pedra preta de granito. Em qualquer dos casos estes espaços têm à cabeceira outra pedra com formatos diferentes. Páro num espaço que tem à cabeceira uma pedra recortada em forma de coração. Olho demoradamente a foto já amarelada pelo o tempo que está embutida no coração. Fecho os olhos e revejo uma vida.
A pequena brisa que sopra nos meus cabelos, são as mãos que carinhosamente os afagaram,
o sol que me aquece o corpo nesta manhã fria de Abril, é o corpo que me aqueceu nas noites frias de Inverno,
o sopro do vento que uma rajada deitou, é a voz que cautelosamente me sacudiu para a vida e,
os pingos de chuva que começam a cair são as lágrimas que correram pela minha face naquele dia de Abril.
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